quinta-feira, 6 de agosto de 2015

O Exterminador do Futuro: Gênesis Review

Estou velho, mas não obsoleto! Essa é a frase de efeito do T-800, interpretado( ou melhor dizendo, encarnado) por Arnold Schwarzenegger, 68 anos, em O Exterminador do Futuro: Gênesis.

O filme dirigido por Alan Taylor reúne alguns elementos com o intuito de resgatar o fãs da franquia após o fracasso que foi considerado os últimos dois longas, Terminator 3: Rise of the Machines e Terminator Salvation.
Terminator Genisys( no original) não é um reboot, mas também não é uma continuação(ficou confuso?), ele se passa em um universo paralelo ao que conhecemos(adorei essa ideia), um caminho novo com amplas possibilidades, porém ele fecha algumas lacunas dos filmes clássicos e abre novas( kkkkk muito louco não é?).
Vamos enumerar alguns elementos cruciais que transformaram esse filme em algo indispensável para qualquer cinéfilo amante do Sci-Fi.
1° elemento
Como havia mencionado, o longa não é um reboot, mas ele toma como parâmetro os clássicos para embasar sua historia( ponto para os roteiristas Kalogridis, Lussier), levando o espectador a vivenciar, relembrar os fatos(gostei disso), ou para quem não viu os primeiros longas( tem que ver para entender as REFERÊNCIAS) e não ficar boiando.
Vamos ao que interessa. É sabido(Referência a GOT), que a Skynet com a finalidade de destruir o líder da resistência, John Connor ( Jason Clark), envia um Terminator modelo T-800 para assassinar Sarah Connor ( Emilia Clarke), é sabido!
No futuro em 2029, John que foi treinado na infância pela mãe, envia seu melhor soldado e amigo, Kyle Reese ( Jai Courtney), para o passado, precisamente em 1984, para impedir que o T-800 mate Sarah. Nesse meio tempo acontece um breve romance entre os dois, gerando assim o John Connor(???). Ou seja, Sarah treina John e fala para ele que seu pai é seu futuro amigo de combate e que ele deve enviá-lo ao passado para salvá-la do Exterminador e gerá-lo. Esse paradoxo temporal é de fritar os miolos e uma das coisas mais legais da franquia.
Até aqui vocês conhecem, porém no Gênesis vemos quando a Skynet envia o T-800 ao passado, após John e Reese destruir o complexo das máquinas, levando a humanidade ao triunfo.
De novo temos o paradoxo, John já sabia que isso iria acontecer, então ele rapidamente fala que irá enviar alguém para proteger Sarah, ele pergunta quem se oferece, muitos é claro aceitam a honra de se sacrificarem pela causa, mas no fim Reese é escolhido.
Essa parte é importante para fechar algumas dúvidas, por exemplo, por que Reese é praticamente jogado ao passado e cai como um saco de batatas enquanto o Exterminador aparece agachado numa boa(Y)
Algo sensacional para quem viu e reviu o filme clássico, é que essas novas cenas se encaixam tão perfeitamente que deixam a impressão de sempre terem feito parte do primeiro filme.(sensação fantástica)
2° elemento
Viagem no tempo
Quem não gosta de ver um filme ou uma série com esse tema? Eu sei que você lembrou de alguma cena ou já se imaginou viajando no tempo e mudando as coisas. É bacana e tudo mais, porém sabemos que sempre dá algo errado mexer com a linha temporal. Os desavisados podem até bugar com o paradoxo do Reese ser pai do John.

No Exterminador 2, O Julgamento
Final( o melhor da franquia), a Skynet envia um modelo T-1000 para matar John na adolescência. Um T-800 reprogramado por John é enviado para o passado para proteger o rapaz imberbe. Novamente temos o paradoxo, ele lembra do fato acontecido em seu passado ou sua mãe lhe contou?
A melhor cena do filme, é quando o T-800 lança sua frase de efeito: HASTA LA VISTA, BABY!
Enfim, John vai ao sanatório onde Sarah está internada após os eventos do T1 para libertá-la. Durante o filme ficamos sabendo que a tecnologia que possibilitou a criação da Skynet foi um braço do T-800 do primeiro filme. Viram como viajar no tempo sempre causa confusão? Nunca esqueçam nada no passado, muito menos um braço!
Em Terminator Genisys, a viagem no tempo se mostra uma furada assim que Reese chega. Logo após a clássica cena dele correndo com a calça do mendigo que ele roubou(rsrsrs), temos a surpresa de que o policial que o persegue se trata de um modelo T-1000!!!
Ele tenta se esconder na loja de departamentos que conhecemos( mais referências), ele pega os icônicos calçados da Nike e o sobretudo( não entendo porque não pegou uma calça).
Quando ficamos pensando como ele vai se safar do T-1000, um blindado  invade a loja jogando o exterminador para longe, a porta do veículo se abre e vemos uma jovem Sarah Connor ( Emilia Clarke) que olha para Reese e diz a clássica frase: Venha comigo se quiser viver!
Todos agarrados a poltrona com a respiração presa e a cabeça quase explodindo de excitação, aqui começa o filme de verdade!
Reese fica atordoado, pois pensava que iria encontrar uma inocente e desprotegida Sarah. Ela explica que um exterminador a salvou de um ataque de outro exterminador( agora sabemos porque tudo mudou). O pobre Reese fica em choque quando vê Pops, o exterminador guardião, que treinou Sarah.
Agora reunidos, eles contam a Reese o plano de viajar até 1997 para impedir a Skynet de se tornar autoconsciente e iniciar o Julgamento Final que é mencionado no segundo filme da franquia. Reese conta que ele ao viajar no tempo teve uma visão(???) da sua infância e que o futuro mudou(de novo? Que novidade né?) e que eles devem ir para 2017.
Nesse novo cenário, descobrem que a Skynet se chama Gênesis e é um sistema usado pelo público em geral.
Apesar de parecer confuso, as explicações são plausíveis e se encaixam naturalmente durante o filme sem você parar para pensar.
3° elemento
John Connor
Ele é o salvador da humanidade, o líder da resistência humana, aquele que levou a destruição o Império das Máquinas.
Já conhecemos essa história, agora a parte legal desse filme foi trazer o
John para o presente, já adulto, por assim dizer, mas não era como esperávamos.
Vamos explicar. Em 2029 quando
John envia Reese ao passado, ele é atacado por um
T-5000 que veio do além futuro( a
Skynet não desiste) para infectá-lo com uma nova tecnologia capaz de transformá-lo em um exterminador T-3000(pasmem).
Ele volta ao passado, onde Reese, Pops e Sarah estão, para impedi-los de destruírem o sistema Gênesis.
John não é mais humano, e não voltará a ser, a Skynet conseguiu destruir o Messias da humanidade. Sarah e Reese sabem da responsabilidade que tem nas mãos, o futuro da raça humana está por um fio. O fato de John Connor ter se transformado em vilão e sido destruído abre possibilidades e levanta a questão sobre se os filmes anteriores foram anulados ou se aquela linha temporal está intacta.
4° elemento
Arnold Schwarzenegger
Falar de Exterminador do Futuro é falar do próprio Arnold, um faz parte do outro.
Um papel feito sob medida para o astro dos filmes de ação.
Arnold é um sobrevivente(referência ao filme de mesmo nome estrelado por ele) em Hollywood, ele resiste em um mercado que está dominado pelas animações e filmes baseados em HQs. Ele mostra que está velho, mas não obsoleto, que ainda pode nos brindar com bons filmes no estilo anos 80, cheios de frases de efeito, tiros e explosões.
Em Exterminador Gênesis, vemos um T-800 envelhecido, enviado anos antes do primeiro filme para salvar e proteger uma Sarah Connor criança. Ele cumpre sua missão, treina e educa a jovem para as batalhas vindouras. Seu exoesqueleto está intacto, mas seu revestimento orgânico está se deteriorando.
O filme é tenso, mas é nesses momentos que o carisma de Arnold/Pops aparece, ele faz a sala inteira do cinema gargalhar ao sorrir, sim, isso mesmo, o T-800 sorri, ou pelo menos tenta, isso é muito engraçado. Vemos uma relação de pai e filha entre o Guardião e sua protegida. Um dos mistérios do filme é a identidade da pessoa que enviou o guardião ao passado.
Pops ao treinar Sarah, a informa da vinda do exterminador e de Reese, e que ambos devem se envolver para que John nasça, fica um clima de tensão no ar, pois Sarah também fica sabendo que Reese morre após se envolver com ela. Mais uma vez Arnold alivia o ambiente perguntando de forma bem peculiar se eles já "acasalaram", novamente o público cai na gargalhada.
O filme não é nenhum primor, mas acertou em apostar no uso de elementos dos filmes anteriores para dar base a uma nova história, que não trouxe muita novidade a franquia, mas deu um novo fôlego e uma direção, agora resta saber como irão lidar com o material que tem nas mãos.
Muitos criticaram a morte de John Connor e sua transformação em vilão, mas eu gostei, tirou o endeusamento sobre ele, nos mostrou que ele realmente era humano, e que as máquinas não vão desistir até destruir a raça humana.
As atuações foram agradáveis, não acho justo comparar  a Sarah Connor de Emilia Clarke com a da Linda Hamilton, foram momentos diferentes, contextos diferentes. Emilia tem muito a contribuir com a personagem, assim como Jai tem a evoluir como Reese, que achei fantástico.
Arnold foi Arnold, uma lenda que segue mitando pela vida, e que sempre vou parar para ver os seus trabalhos. O último representante dos heróis brutamontes dos filmes de ação do longínquo anos 80.
Arnold está confirmado para as sequências programadas para 2017 e 2018. Ele envelheceu, mas não está obsoleto!
O filme arrecadou até o momento 317 milhões de dólares, está longe da marca alcançada por O Exterminador do Futuro 2, que arrematou 519 milhões, o melhor da franquia em rentabilidade.
Altamente recomendado para quem curte ficção científica, muita ação e vários Exterminadores.
Quem não assistiu os clássicos ou nenhum filme da franquia, eu recomendo que assista o Terminator Salvation primeiro e depois veja na sequência normal, T1, T2,T3 e o Gênesis.
Agora me despeço com duas frases famosas do Exterminador.
Hasta la vista, baby!
O EXTERMINADOR DO FUTURO 2
I'II BE BACK
O EXTERMINADOR DO FUTURO

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